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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Da 'Améreca', com amor

Sobre a redução na Base Aérea das Lajes
            por Nuno Sousa
É do conhecimento público de já há algum tempo para cá, a intenção por parte do governo dos Estados Unidos da América de efetuar cortes substanciais na “nossa” base das Lajes, situada num ponto estratégico, outrora de ainda maior importância.
Quero referir que o objetivo deste texto é apenas o de alertar e informar o leitor sobre este assunto, para que possa ajudar numa reflexão mais profunda, coletiva.
            Nos noticiários regionais dos últimos dias podemos dar conta que no passado dia vinte e um houve um alerta por parte do Governo da República, mais concretamente do Ministério dos Negócios Estrangeiros, ao Governo Regional que a proposta da Força Aérea norte-americana que prevê uma forte redução de presença na base das Lajes – Ilha Terceira foi ratificada.
Esta redução, segundo Sandro Paim, Presidente da Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, será de quase 50%, cerca de entre 30 a 40 mil milhões de euros/ano, o que virá pôr em causa cerca de 300 postos de trabalho, situação esta que terá um impacto brutal na ilha e no geral da região, traduzindo-se num recuo entre 10% a 15% do PIB dos Açores.
Paulo Portas, Ministro dos Negócios Estrangeiros promete uma reagir em breve, hoje o grupo parlamentar do PS/Açores reuniu-se com a comissão de trabalhados da base das Lajes e a edilidade da Praia da Vitória aponta o dedo ao governo central de ter descurado o importante papel do governo regional e da câmara municipal neste caso, afirmando que o governo distraiu-se nas negociações, podendo ter sido isso evitado. Os trabalhadores, por sua vez, pedem que o Estado não tenha uma atitude submissa.
Política, economia e autonomia ligadas por um fio muito fino e delicado.
Que futuro terá a importante Base Aérea nº4 (BA4), construída aquando da Segunda Grande Guerra, que futuro terão os seus trabalhadores, como irá a Região reagir a este corte, quais as motivações dos norte-americanos?
São tudo questões em suspense, num fôlego que se prevê estrangulador.

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