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segunda-feira, 18 de março de 2013

Um Universo em Expansão, o Mundo a Encolher e a Ascensão das Máquinas…

por Parelho

Se esperam encontrar abaixo um debate sobre a descoberta do Universo, a unificação dos Continentes e o domínio das Máquinas, lamento desiludir-vos… Bom, pelo menos em parte, uma vez que este texto não aborda propriamente estas temáticas, servindo apenas como meio de exposição para certas teorias que constituem somente uma pequena parte da equação…

Teoria da Continuidade (aplicada à Teoria dos Jogos)
Primeiro, uma teoria sobre o desenvolvimento de Universos virtuais. É importante a indicação da sua aplicação à Teoria dos Jogos, uma vez que a Teoria da Continuidade pode ser aplicada a outros campos da Matemática. Neste contexto, a teoria defende que um Universo, real ou virtual, em que um jogo decorre pode ser expandido se se aumentar o número de escolhas disponíveis ao jogador. Essas escolhas tomam aqui o nome de “Estratégias” e encontram-se hoje descritas com inúmeras fórmulas matemáticas. Elaborar aqui essas fórmulas iria contra o propósito deste texto pelo que será mais produtivo procurar o entendimento da teoria através da sua utilização na prática.

Comecemos por analisar um jogo de Xadrez. Embora o objetivo seja sempre o xeque-mate, existe uma imensidão de maneiras, isto é, Estratégias para se obter o xeque-mate, de tal ordem que a probabilidade de haver dois jogos exatamente iguais é extremamente diminuta. O Xadrez é, então, um jogo com grande Continuidade.

Já se falarmos de um First Person Shooter, em que o objetivo é matar ondas sequenciais de inimigos genéricos (esquematizado abaixo, à esquerda), dir-se-á que o jogo tem uma Continuidade pequena.

O que se pretende hoje, através da Teoria da Continuidade, é expandir o Universo, não só dos First Person Shooters mas dos videojogos em geral, com a adição de objetivos opcionais, fins alternativos e narrativas adaptativas, tornando o jogo mais agradável (esquematizado acima, à direita).

Teoria dos Seis Graus de Separação
Agora, uma teoria que se debruça sobra as relações interpessoais. Esta teoria apoia a noção de que qualquer pessoa ou qualquer objeto pode ser conhecida ou obtida, pela apresentação de outra pessoa, em seis passos ou menos.

Mais uma vez, esta é uma teoria melhor compreendida com um exemplo prático. Consideremos o José, que é amigo da Maria, que conhece o João, que, por sua vez, tem o contacto da Joana. A Joana fala com o Carlos, que é irmão da Paula, que namora com o António. Assim, o José pode entrar em contacto com o António em seis passos (como exemplificado abaixo).


Seguindo o raciocínio acima, pela Teoria dos Seis Graus de Separação, quaisquer duas pessoas do mundo podem conhecer-se através de “um amigo de um amigo”, num máximo de seis passos.
Hoje em dia, existem diversos estudos que apoiam esta hipótese, estudos feitos a partir de redes sociais, como o Facebook e o Twitter, e através dos tão desprezíveis “e-mails em corrente”. Faz-nos pensar se não estaremos a fazer parte de uma investigação em massa, da próxima vez que recebermos um…

Teoria da Singularidade Tecnológica
E finalmente, uma teoria para os aficionados da ficção científica. Esta teoria defende o surgimento de inteligência superior à humana através dos meios da tecnologia.

O conceito é simples; a inteligência artificial programaria autonomamente gerações sucessivas de novas inteligências artificiais, do mesmo modo que os humanos programam a inteligência artificial na atualidade. Essas novas inteligências artificiais seriam cada vez mais poderosas, de tal forma que a sua capacidade aumentaria de forma exponencial e ultrapassaria a compreensão humana. A sua ocorrência transcenderia, assim, qualquer possibilidade da sua previsão, teórica ou prática.


Embora haja uma concordância geral sobre a inevitável ocorrência deste fenómeno, o mesmo já não se pode dizer sobre as suas consequências. Há quem defenda que a Humanidade conseguiria utilizar tal tecnologia para benefício próprio. Há quem defenda que a Humanidade nunca conseguiria fazer uso apropriado daquilo que não entende e que as Máquinas em si não teriam qualquer razão para nos ajudar. E há quem defenda que a existência de tal tecnologia seria incompatível com a sobrevivência da raça Humana.

Será possível estabelecer medidas preventivas contra as Máquinas se a Teoria da Singularidade Tecnológica afirma que o surgimento da superinteligência não pode ser previsto? Será a Teoria dos Seis Graus de Separação uma hipótese tão descabida com a crescente globalização do Mundo? E será a Teoria da Continuidade relevante num mercado dominado por videojogos que oferecem uma jogabilidade reciclada, mascarada com motores gráficos potentes? Estas são algumas das questões com que vos deixo… Até uma próxima!

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