Dia 13 de Dezembro estreia o Hobbit e os media têm comentado muito o facto de o filme ser a 48 fps. Poderá o espectador menos atento não estar familiarizado com o termo, ou estando, não saber qual o valor de referência para este estar a ser alvo de discussão. Trará mais qualidade ao filme?
No cinema já se teve várias grandes revoluções. A história marca para já 4: o filme sonoro veio substituir o mudo, o filme a cor veio substituir o clássico preto a branco, o ecrã passou a ser de grandes dimensões e recentemente, experienciámos o 3D.
Este último, apesar dos gostos individuais, não pareceu introduzir muita novidade e deixar o público dividido, mas tal como todas as novidades, apenas o tempo dirá se irá tornar-se padrão ou apenas "algo engraçado" para uns, "enjoativo" para outros e que custa mais uns trocos a todos. O mesmo discurso se poderá aplicar às 48 fps, que poderão ser consideradas a 5ª revolução.
Comecemos por discutir qual o valor habitual. Os filmes são filmados a 24 fps, e portanto, este Hobbit será ao dobro da velocidade, sendo esta a velocidade a que frames consecutivos são projectados na tela. Para efeitos comparativos, os programas televisivos rondam os 30 fps.
[Neste link podem comparar as diferenças entre fps: http://frames-per-second.appspot.com/]
Este breakthrough tecnológico, que vai ser aliado à visualização em 3D, leva a um maior detalhe e realismo, e alguns espectadores acusam já o filme de hiper-realismo, e de parecer que se está a ver ao vivo os actores a ensaiarem as cenas, ou de parecer que se está a jogar um jogo de computador (para referência, nos jogos é possível atingir os 50-60 fps). Os defensores dos 48 fps dizem que resulta em imagens menos desfocadas e em maior definição. O próprio Thomas Edison, disse que qualquer coisa inferior a 50 fps não seria grande espingarda.
Ao que se pode para já apurar através da internet e de quem já viu em ante-estreias, visto que eu ainda não vi o filme, ele consegue atingir a qualidade técnica do 3D atingido pelo Avatar, até porque foi desenvolvido pela mesma equipa. Para já, apenas uma sala em cada um dos 5 centros com cinema ZON, NorteShopping, Colombo, Vasco da Gama, Alvaláxia e Cascaishopping já está equipada com high frame rate (HFR) e também nos UCI Cinemas (El Corte Inglés em Lisboa e Arrábida 20 em Vila Nova de Gaia). Serão portanto nestas salas que os portugueses experimentar a partir de quinta-feira a magia dos 48fps.
Portanto na minha opinião, será algo a ser visto, que mais não seja, pela experiência cinematográfica e pelo deslumbramento estético. No entanto, e para quem não costuma ir ao cinema em semanas consecutivas, fica já o aviso de que para a outra semana, dia 20 de Dezembro, (re)estreia o filme Vertigo, do mestre Alfred Hitchcock nas salas UCI Cinemas. O filme é de 1958, mas por recentemente ter sido nomeado pela academia britânica de cinema, BFI, como o melhor filme de sempre, vai ser exibido de novo, em homenagem, uma versão restaurada do mesmo. Para mim, é um dos melhores filmes do género, e de facto um dos melhores de sempre (está no meu top 5), pelo que recomendo veementemente que o vejam, ou no cinema ou por DVD, mas lembrando que esta pode ser a única oportunidade que muitos de nós teremos para ver um filme do Hitchcock no cinema.
[Para consultar uma crítica a Hitchcock feita por Jorge Diniz: http://idest-istoe.blogspot.pt/2012/10/os-filmes-de-hitchcock.html]
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Seguindo o alfabeto, hoje temos o 'E', e como tal, apresento um variado leque de sugestões para todos os gostos: o 'recente clássico' Eternal Sunshine of the Spotless Mind (2004) , o pouco conhecido Everybody's Fine (2009) mas que é bastante comovente, Escape from Alcatraz (1979) para se ver Clint Eastwood a tentar escapar de Alcatraz, Equilibrium (2002) na onda de Matrix e do livro 1984, Edward Scissorhands (1990) para os fãs de Burton e E.T. the Extra-Terrestrial (1982) para os fãs de sci-fi.
Bom post ! Eu fui ver e os 48 frames não são assim tão maus... Exceptuando algumas cenas que parecem anormalmente aceleradas.
ResponderEliminarParabéns pelo blogue!!
Obrigado. Admito que acabei por ver em 2D por ter bilhete grátis.
EliminarSerá um gosto ter-te por cá a comentar!
David N.