Hoje li um provérbio oriental que me despertou a atenção e me fez reflectir um pouco, enquanto professora, mãe e consequentemente educadora. O provérbio era bastante curto e apenas dizia "o melhor educador é o que conseguiu educar a si mesmo".
Por vezes, estamos tão preocupados em criticar e ver os defeitos daqueles que nos rodeiam, que nos esquecemos de olhar para nós próprios. E isto fez-me lembrar algumas situações a que já assisti ao longo da minha carreira profissional.
Muitas vezes, tentamos impor às nossas crianças certas regras e modos de vida, que consideramos ser os corretos na sociedade em que nos encontramos, que nos esquecemos de todo o resto. Como por exemplo, que a criança não é um ser vazio de saber. Pois até chegar até nós, já adquiriu muito conhecimento junto dos familiares, amigos e da sociedade onde se insere. Muitas vezes, este conhecimento, não é considerado o mais correto por nós, mas deverá ser respeitado.
O educador deve preocupar-se sim em mostrar à criança a diferença entre o bem e mal. O educador não deve impor os seus valores e ensinamentos à criança, deve sim respeitá-la e desta forma ajudá-la a descobrir dentro de si própria o caminho que considera mais correto seguir, mostrando-lhe sempre os prós e os contras da sua possível escolha.
Para finalizar, resta lembrar que no nosso papel de educadores, enquanto pais, professores, catequistas, etc, não nos podemos esquecer que a melhor maneira de educar uma criança, ou um jovem, é dando-lhes o nosso próprio exemplo. Pois, segundo Joseph Joubert "as crianças têm mais necessidade de modelos do que de críticas." E só dando o nosso exemplo pessoal, é que podemos dizer que somos bons educadores, pois ao tornarmo-nos num modelo para o outro é sinal que nos conseguimos educar a nós próprios primeiro.
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