Nos últimos dias na comunicação social lusa, não se fala de outra coisa se não do percurso académico do ministro Relvas, o “número 2” deste governo.
Cinco anos após a polémica sobre o título de engenheiro do então primeiro-ministro português, José Sócrates, os mídia parece que resolveram “tramar” mais uma “saga universitária” que, ao que parece, é um “não assunto” para alguns e uma questão de “licenciatura honoris causa”, para outros. Venha o diabo - com todo o respeito – e escolha.
Comparo estes problemas com o café instantâneo que tomo todos os dias pela manhã, que tanto é pó, como se torna em bebida. Vem a água e fica apenas em água “suja”, acrescentando-se um pouco de leite, ou como quem diz, de aparato e descontentamento social.
Pois bem, o problema é que o governo, mais uma vez, manchado está e o leite derramado igualmente está. Relvas parece-me ser o alvo número um a abater, para que se possa dar um tiro, ainda que cego, no gigante “luso-troikano” liderado por Passos Coelho.
Mesmo discordando das medidas e da forma de governar deste governo penso que tudo o que não precisamos são de crises políticas, tão pouco despoletadas pelos mídia que parecem-me, cada vez mais, esquecer o seu código deontológico e moral no meio da sociedade portuguesa. Isso seria catastrófico para o país que anda numa linha tão fina, quanto aquela que separa o sucesso do insucesso de Portugal quanto às medidas quase que ditadas pelos empréstimos financeiros que contraímos.
Parece-me que grande parte dos jornalistas juntaram-se para uma espécie de ajuste de contas com Relvas para com a sua classe laboral.
O certo é que é de lamentar o “não assunto” e o virar de costas irresponsável por parte do primeiro-ministro, a tentativa de todos os meses se criar uma crise artificial e desnecessária dentro desta crise de crises, e o descontentamento e desconfiança pela democracia por parte da “demo”, por parte do povo português.
É hora de rever o conceito de governação e o conceito de noticiário em Portugal, por respeito aos Portugueses.
Seria ótimo e justo para com os universitários rever o conceito de licenciaturas “expresso”, ou como lhe queiram chamar, se é que se pode chamar de licenciatura.
Este artigo foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico.
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