Talvez por uma extrema falta de criatividade, ou
então por um gosto pouco saudável, dou por mim a falar de um tema, e de um
herói, que já tratei anteriormente. Falo exactamente do Super-homem e de uma
das múltiplas análises que é feita ao seu lado humano. Voltando a tratar, ainda
mais outra vez, o senhor Alan Moore (que para alguém que tem o pouco
discernimento de seguir as minhas entradas neste blog, nota que este autor
causa em mim uma estranha devoção) e as suas histórias, neste caso debruçamos
sobre o pequeno (algo que em nada influência o seu valor) For the Man Who has Everything.
Já
falei anteriormente de uma história em que se expunha o homem de aço nos seus
medos. Agora, mesmo voltando a haver uma manifestação da parte humana deste
herói, esta ocorre, tal como o título indica em certa medida, a partir de uma
outra coisa que sem nos aperceber também mostra em grande parte quem somos – os
nossos desejos mais profundos.
Devido a um estranho plano, vemos
um dos inimigos do herói aqui em causa a dar-lhe a coisa mais contra sensual
possível, a obtenção do contentamento pela realização do que ele mais quer.
Claro que de início, aliando a estranheza ao estranho, pode parecer um pouco
bizarra a premissa de se dar o desejo mais profundo que se encontra presente do
coração de um homem que voa, tem super força e velocidade, e que consegue
cozinhar qualquer refeição a 5000 quilómetros de distâncias apenas com os
olhos. Mas é exactamente aqui que nos voltamos a aperceber da verdadeira pessoa
que está por detrás de toda aquela imagem heróica que é este símbolo da cultura
popular.
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