por Rodrigo de Sá
Assumindo o nome The Weatherman,
acaba de editar oficialmente o seu terceiro álbum. Desta vez com o nome The Weatherman.
Apesar de assumir que The
Weatherman é um trabalho a solo, Alexandre Monteiro não esconde que este álbum
é o resultado de um trabalho colectivo. E o resultado é um álbum pop muito bem
pensado e concretizado. Canções como 15
Days, Fab e Proper Goodbye têm refrões de encher as orelhas, mas também a
alma.
Com arranjos e orquestrações de
excelência, e apesar de o músico do Porto tocar vários instrumentos, as
canções de The Weatherman são compostas ao piano. Ainda assim este álbum
apresenta a sua face ecléctica no que diz respeito às suas influências.
Maioritariamente referências musicais do pop britânica dos anos 80, mas também
alguma música americana.
Alexandre Monteiro confessa no
entanto que não gostaria de ter sido músico nos anos 80 sobretudo por causa das
roupas e dos penteados. Antes preferia ter vivido nos anos 60 não como músico,
mas como alguém que assistia ao aparecimento de grandes referências da música
pop e rock.
A preparação para o lançamento do
álbum fez-se primeiro com a divulgação do vídeo de Proper Goodbye, o tal vídeo em que o músico desaparece no espaço
num foguetão, proporcionando assim um momento de espectacularidade no momento
de despedida. Não é uma alusão ao facto de querer levar a sua música para fora
de Portugal, até porque Alexandre Monteiro está mais preocupado neste momento
em promover a sua música nacionalmente. A ideia é mesmo fazer de um momento
triste, o da despedida, algo inesquecível. A segunda fase de promoção do novo
álbum surgiu alguns dias antes da sua edição oficial, com a possibilidade de
transferência gratuita da canção Fab. A
transferência desta canção dá direito também a uma outra canção exclusiva não
incluída em nenhum álbum anterior ou no álbum de 2013.
The Weatherman é um álbum para tocar nas rádios comerciais e
nas rádios alternativas. Mas é sobretudo mais do que motivo para cada vez mais
pensarmos no que se faz cá dentro. A língua? Ninguém se queixou quando há uns
anos uma conceituada vocalista que levou a sua voz até ao Japão, decidiu gravar
um álbum de bossa nova cantando com sotaque do português do outro lado do
Atlântico.
Sem comentários:
Enviar um comentário